O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) expôs o que já se sabia: o que deveria ser uma união das oposições pode se transformar em racha. Em entrevista ao Frente a Frente, o emedebista falou diretamente ao senador Efraim Filho, pré-candidato ao governo e que namora com o PL de Jair Bolsonaro.
Ponderou que Efraim teria outras opções, não apenas o PL. Disse que o senador é um político hábil e que permanecer no chamado Centrão poderia ser uma opção.
O PL seria o ‘Plano A’ de Efraim caso não fique com comando da federação União Progressista. O grupo Ribeiro – Aguinaldo, Daniella e Lucas (vice-governador e candidato natural à reeleição) – deve ficar à frente.
“Meu palanque é do presidente Lula. Não estarei do lado de um projeto bolsonarista”, declarou, já emendando que manterá sua coerência.
E complementou: “Uma candidatura do PL a representar o bolsonarismo, eu não posso. Tenho respeito a todas as opiniões, mas não posso dar convergências ao que temos observado ontem, no passado, e hoje. Como vou estar num palanque cuja candidatura do PL é a candidatura do bolsonarismo?”.
A oposição tem dois grupos definidos: o que tem Efraim, o ex-deputado Pedro Cunha Lima e o deputado Romero Rodrigues, que representam a Centro-direita, e onde Veneziano se encontra; e a direita bolsonarista com o ex-ministro Marcelo Queiroga e o deputado Cabo Gilberto Silva.
Na Paraíba, esses dois grupos convergem já que são oposição ao governador João Azevêdo. No campo nacional, há conflitos internos dentro da polarização Lula-Bolsonaro.
Blog Sony Lacerda