Em entrevista coletiva, nesta quarta-feira (19), o prefeito de Cabedelo, André Coutinho (Avante), anunciou que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral contra decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba que manteve a cassação dos mandatos dele e da vice, Camila Holanda (PP).
A Corte eleitoral paraibana também manteve a inelegibilidade de oito anos do ex-prefeito da cidade Vitor Hugo Castelliano (Avante), que é pré-candidato a deputado estadual.
Em tom de desabafo, Coutinho contestou as acusações de abuso de poder político e econômico durante as eleições e, principalmente, de envolvimento com lideres de facções com motivação eleitoral. Pediu respeito aos eleitores que o colocaram na Prefeitura.
Ele reafirmou que é inocente e insistiu na tese de que houve cerceamento da defesa diante das acusações apresentadas. Essa tese acabou sendo suscitada por dois membros do TRE: o desembargador Aluízio Bezerra e juíza Helena Fialho.
“A defesa não teve prazo para se manifestar sobre os 16 volumes do processo, o que vai de encontro aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Não existe nenhuma prova no processo que me ligue ao crime organizado. A condenação se fundamentou em presunções de uma conexão que nunca existiu. Em que pese se tratar de um tema de apelo social, ele não pode ser usado como fundamento genérico para uma condenação”, destacou o prefeito.
Ele complementou: “Tenho certeza que vamos continuar avançando, honrando os nossos 25.966 votos, o que nos fez ser o prefeito mais votado de toda a história da cidade. Foram 17 mil votos de diferença para o segundo colocado [Walber Virgolino]. Ganhamos em todas as ruas. Dizer que cabedelo é tomada pelo tráfico não é verdade! Peço respeito ao voto respeito e à soberania popular”.
Desabafo – Durante a coletiva, André Coutinho fez um desabafo duro sobre o vídeo que circulou nas redes sociais há cerca de 15 dias, no qual integrantes da oposição aparecem supostamente articulando sua saída do cargo. O prefeito questionou a origem das informações antecipadas e cobrou respostas do Ministério Público e do TRE.
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