Na coluna passada, falei sobre a significativa melhora da Seleção Brasileira, sob Ancelotti; mas ainda falta um bocado.
É certo que, como afirmei, tivemos mudanças táticas significativas, com Toque de bola rápido, jogo objetivo, sem firulas e sem individualismo. Tudo o que deve ser feito numa partida de futebol. Acrescento outras mudanças táticas essenciais, algumas bem estratégicas, contra o Paraguai, como, por exemplo, a marcação mais serrada para a recuperação da bola.
Continua faltando, no entanto, o essencial: articulação no meio-campo. A troca de passes foi boa, mas ainda está havendo erros inaceitáveis. Ainda bem que aquele excesso de jogadas individuais e obrigação de “fazer bonito” tendem a desaparecer com o novo comando técnico.
Adorei a personalidade e o posicionamento do paraibano Matheus Cunha, voltando para receber a bola e abrindo espaços para os outros atacantes.
Não sei se o esquema com dois jogadores no meio-campo e quatro mais adiantados dará certo contra boas seleções, que colocam muitos jogadores no setor do meio para a troca de passes e o consequente domínio da bola e do jogo.
Ancelotti já afirmou, e eu registrei em coluna anterior, que não tem “filosofia de jogo”; jogará, como sempre fez, de acordo com o momento e o adversário. Coisa bem óbvia, mas que muitos técnicos brasileiros não fazem, insistindo num esquema tático fixo. Esse, aliás, um dos motivos para que estejamos preferindo técnicos estrangeiros.
“Copa do mundo” de clubes
Coloquei o subtítulo entre aspas, porque considero muita pretensão chamar esse torneio de Copa do Mundo de Clubes. Destaque-se que Liverpool e Barcelona, dois dos melhores times do mundo, campeões das duas principais ligas internacionais não estão participando.
Todos sabemos que tal torneio foi criado por interesses outros, que não o futebol.
Quanto aos brasileiros, não creio que deem vexame; mas acredito que diante dos gigantes PSG, Manchester City e Real Madrid, “não darão um caldo”.