O nadador que não sentir um frio na barriga antes de uma competição, desconfie, pois é sinal de frieza e descompromisso com a prova. Na nossa cultura latina, a emoção deve somar com o treinamento e fazer explodir os resultados esperados. Me lembro muito bem em 2012, quando Cesar Cielo ainda surgindo no cenário internacional e mesmo marcando o seu melhor tempo nos 50m Borboleta, com 23s68, o atleta não atingiu o índice para o mundial que era de 23s35. Ele afirmou: “O silencio da arquibancada acaba deixando a prova um pouco mais difícil. O barulho da torcida ajuda a manter a adrenalina em alta”. Assim como César Cielo vários nadadores precisam achar e buscar essa tal de “adrenalina” nas competições para atingir o seu máximo naquele dia.
O cenário de competição, com torcida, brigas por medalha, tentativa de melhora de tempos estimulam uma melhor performance do nadador. Por isso vejo como positivo a rivalidade entre clubes da Paraíba e entre os atletas. Essa adrenalina deve ser perseguida pelo atleta e deve encorajá-lo a nadar a 110%. Nenhum atleta consegue esse resultado sem pressão e incentivo, por isso treino é treino e competição é competição.
Nos dias 12 e 13 de março a FEAP – Federação de Esportes Aquáticos da Paraíba vai promover o primeiro torneio de natação absoluto do ano de 2022. O local será na piscina de 50m da Villa Olímpica Paraíba. Todos os atletas devem estar motivados para essa competição, cada um com seu objetivo e combustível de motivação para sim superar as metas individuais e dos clubes. Importante enxergar a competição como parte da evolução de cada nadador e está preparado para enfrentar campeonatos brasileiros fortíssimos esse ano.
Essa será a primeira de muitas competições esse ano, por isso deve ser encarada como se fosse a última da vida, pois o ano só está começando. Cada atleta deve colocar pra ferver o sangue nas suas veias e tirar de dentro da alma o resultado esperado. Boa sorte aos nadadores paraibanos.
Ele voltou
Quem voltou fazendo um grande trabalho em João Pessoa foi o professor Wilson Ouriques. Trazendo uma nova proposta para a natação, Wilson vem trabalhando com crianças entre 02 e 06 e iniciantes de 07 a 14 anos. O professor já tem mais de 40 alunos em diversos condomínios da nossa capital. Parabéns.
Sem Bolsa Atleta
O governo federal não vai pagar Bolsa atleta a medalhistas dos Jogos Escolares. Ao mesmo tempo em que divulga em seu site que o JEBs é a principal competição escolar do país, a secretaria especial do esporte diz que não é bem assim, pois o evento não foi organizado pelo COB. A diferença de interpretação vai deixar centenas de jovens atletas sem bolsa atleta esse ano. Um deles será Giovana Campos, única medalhista da Paraíba no JEBs 2021. Absurdo.
