quarta-feira, 8 de maio de 2024

Brasileiro gosta de se enganar…

30, dezembro, 2022

Já faz muito tempo que o futebol brasileiro não é mais “o melhor do mundo”. No entanto, essa mentira ficou sendo repetida pela imprensa e pela boca de milhões de brasileiros, Brasil a fora, desde a memorável – e última atuação impecável – de 1970.

E toda vez que perdem uma copa inventam mil e uma desculpas pela derrota: “A melhor seleção do mundo”, em 1982: “Foi quem jogou mais bonito”; “campeã moral” (há desculpa mais ridícula do que essa de “campeão moral”? Não há “campeão moral”; há campeão! Não tem essa de “jogar bonito”: copa do mundo é jogo de resultado: perdeu, perdeu, camarada!

Quando perdem, sempre há uma desculpa: “Tava tudo programado para tal seleção ganhar”. “Foi uma água ‘batizada’ que deram aos jogadores do Brasil”. “Não ganhou porque Ronaldinho (hoje, Ronaldo, o fenômeno) adoeceu antes da partida”.

Só não houve desculpa para os 7 a 1, porque com um placar desse não dá para inventar desculpa.

Mas a desculpa mais comum é a culpar o técnico: o técnico sempre é o culpado.

Nunca haverá um técnico ideal para a seleção brasileira. Sabemos que, entre inúmeros problemas, há muito tempo o técnico não tem liberdade para escalar o time. Há todos os indícios de ingerência de autoridades, agentes de jogadores, patrocinadores…

O problema se resume no seguinte:

Enquanto o Brasil não parar de endeusar jogador A ou jogador B; deixar esse joguinho individual de dribles em excesso e entender que futebol é conjunto (uma coisa tão óbvia!); de escalar, prioritariamente, jogadores que jogam fora (por que será?) – alguns até nunca atuaram no país – não ganhará qualquer copa.

Um time é um time. Não é o time de fulano ou de sicrano. Fulano não vai poder jogar? Tem outro. Vocês viram alguém destacar algum jogador da Croácia? E eles venceram, com justiça e justeza, o Brasil.

Muita gente não percebeu, mas, para mim, a coisa mais bela da vitória da Argentina contra a França foi o choro de Di Maria. Ao fazer o primeiro, belo e muito suado gol, ele disparou no choro; um choro verdadeiro, de quem ama não só a camisa, mas a terra em que nasceu; o país que honra e no qual é honrado.

Os nossos jogadores fazem um gol e vêm com palhadas; dancinhas ridículas, para agradar a mídia e ganhar espaços em veículos de imprensa – a maioria conivente – e redes sociais.

Dançamos!

Eu acho é pouco!