Até pouco tempo, transmissões esportivas importantes eram, não à toa, sinônimo de Rede Globo; afinal, a principal emissora do país tinha o domínio sobre o mercado, controlando direitos para exibição de competição nas TVs aberta e por assinatura e no streaming. Com a queda da receita na pandemia e uma nova política de contenção de gastos, não só no esporte, mas em todos os segmentos, a Globo terminou perdendo importantes contratos que asseguravam exclusividade, em diversas competições.
De modo que emissora dos Marinho perdeu o direito de transmissão dos campeonatos carioca e paulista; Libertadores; Fórmula 1; Champions League e Copa América. Sem contar que em dezembro anunciou a revenda de direitos de 36 partidas da Copa do Brasil. SBT, Band e Record aproveitaram o vácuo e conseguiram os direitos dessas competições.
Quem perde, na verdade (pelo menos no futebol) com isso é o telespectador, porque é inegável que a qualidade técnica da Globo nas transmissões é impecável e as outras nem de longe alcançam-na. Em relação à equipe esportiva, os planos e tomadas, o número de câmeras em campo, é visível a diferença; até mesmo na qualidade de som.
As competições esportivas sempre foram, em matéria de receita e audiência, um ótimo negócio, sendo, sem dúvida, um dos produtos mais disputados no mercado televisivo.
Aqui na Paraíba, a coisa ainda é meio devagar e, para atrapalhar ainda mais, determinados dirigentes fazem picuinhas em relação a determinadas transmissões; muitas vezes sem uma razão plausível. E, convenhamos, o campeonato paraibano não tem lá esses atrativos todos…
Espera-se que este ano as coisas melhorem, nesse sentido, para o futebol paraibano.