quarta-feira, 8 de maio de 2024

E aí, foi insossa ou não foi?

12, abril, 2024

Conforme eu já vaticinara na coluna de sexta-feira passada, aqui, neste espaço, tomando-se como base os dois últimos jogos das semifinais do campeonato paraibano (Serra Branca x Botafogo e Treze x Souza) a primeira partida da final entre Souza e Botafogo, na cidade interiorana, seria uma partida insossa.

E não deu outra!

Decepcionante o jogo, levando-se em consideração ser a primeira partida de uma final de campeonato.

Os dois times entraram em campo com esquemas iguais, fechados, e o mais estranho é que o Souza, que teoricamente precisava do resultado, já que vencendo teria a vantagem do empate em João pessoa, atuou a partida inteira com um esquema defensivo, com três volantes. O Botafogo também entrou com um esquema defensivo, embora, no caso do alvinegro, fosse compreensível; um empate seria – como foi – um ótimo resultado para o time da capital.

Foi um jogo chato, com movimentações que levavam a ataques sem qualquer objetividade. Parecia até que os dois times estavam jogando pelo empate. No primeiro tempo, não houve qualquer ataque com real perigo de gol! Como disse, os times tocavam muito a bola, mas sem objetividade. Na primeira etapa, o Souza foi ligeiramente melhor, situação que se inverteu na segunda. No primeiro tempo, no entanto, o time interiorano se resumiu a ataques que tinham uma só jogada: bola lançada para Iranílson, na ponta direita, que driblava um ou outro adversário e cruzava – quando conseguia cruzar – sem nenhuma objetividade. Outra ação – a mais usada – era a teimosia em insistir em bolas para Reinaldo – o time estava jogando só em função de Reinaldo! – que, apesar de muito bem marcado, insistia em dribles e jogadas individuais. Havia horas em que parecia querer driblar todo o time adversário.

A segunda etapa foi uma repetição da primeira, embora o Botafogo tenha vindo bem melhor; mas sempre com o cuidado de “amarrar” o adversário e conseguir o objetivo traçado: empatar o jogo.

E a partida terminou, melancolicamente, empatada em zero a zero.

Em João pessoa, embora mando de campo e torcida não sejam nenhuma garantia de vitória ou de título, o time da capital é ligeiramente favorito; basta ousar mais, perder o “medo” de atacar, ir para a frente, mudar algumas peças – eu não escalaria mais Warley Júnior começando a partida e também não deixaria Bruno Leite no banco – e fazer pelo menos o gol da vitória.

Quanto ao Souza, tem que mudar a filosofia. Se jogar do jeito que jogou sábado, perderá.

Por outro lado, se o Botafogo insistir em repetir o esquema do primeiro jogo da final, a partida irá, inevitavelmente, para os pênaltis.