Na foto que ilustra a matéria falta uma escultura, no formato de uma herma, ou seja, de um busto. O homenageado era o ex-presidente do estado, Camilo de Holanda, e o local é uma pracinha que adorna a famosa Balaustrada das Trincheiras.
A obra, de grande valor histórico – hoje em dia, bastante danificada, como um todo – foi construída em 1918, justamente pelo homenageado com a escultura que repousava sobre o pilar, ainda existente, já no final da Rua das Trincheiras, no limite com a João da Mata.
A estrutura foi projetada para separar a íngreme encosta ao lado da via, protegendo os transeuntes, e oferecendo uma vista panorâmica da várzea paraibana e da Ilha do Bispo. Composta por bancos artisticamente trabalhados, a balaustrada tornou-se ponto de encontro e contemplação para os moradores da cidade.
Ao longo dos anos, a Balaustrada das Trincheiras sofreu com a falta de manutenção e o abandono por parte das autoridades. Atualmente, o local apresenta rachaduras, pichações, acúmulo de lixo e vegetação descontrolada, comprometendo sua estrutura e segurança para os visitantes.
Moradores e frequentadores da área têm expressado preocupação com o estado de conservação do monumento e solicitado ações de revitalização por parte do poder público.
Ali pela década de 1960 a balaustrada ainda resistia na condição de atrativo da cidade de João Pessoa. Ma non troppo, já! Havia fortes razões para a queda no prestígio da atração.
Em 1980, a balaustrada foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), reconhecendo seu valor histórico e arquitetônico. Apesar disso, as intervenções para sua preservação têm sido insuficientes, e o local continua a deteriorar-se, perdendo parte de sua importância cultural e turística para a cidade.
A história da Balaustrada das Trincheiras reflete a necessidade de valorização e conservação do patrimônio histórico de João Pessoa, destacando a importância de ações efetivas para preservar a memória e a identidade cultural da capital paraibana.
