Instabilidades da Capitania da Paraíba depois do 5 de agosto de 1585
27, setembro, 2025
Apesar de ser verdade dizer que o acordo firmado entre portugueses e indígenas em 5 de agosto de 1585 foi o marco mais importante, do ponto de vista histórico, para a conquista da Capitania da Paraíba, isso não significa achar que, desde então, reinou a mais completa paz em favor dos conquistadores.
Pouco mais de um ano depois, precisamente em 27 de setembro de 1586, Martim Leitão, que havia sentado praça em Recife, após a conquista da Paraíba, recebeu mensagem escrita dando conta da presença de franceses, montados em cinco naus (depois chegaram mais duas), trabalhando junto com Potiguaras, em Baía da Traição, recolhendo o precioso pau-brasil.
A missiva continha pedido de socorro, uma vez que a intenção dos franceses seria, conforme os redatores, a de “combaterem e assolarem o forte da Paraíba”, de acordo com a seminal obra de história do Brasil, escrita por Frei Vicente de Salvador, nascido na capital baiana, e que foi reeditada pela Editora Senado, à disposição na Internet.
Os Potiguaras seguiriam não tão comprometidos com os portugueses, na Capitania da Paraíba, diante de apelos outros como dos franceses e, um pouco mais tarde, dos holandeses. Todos igualmente invasores, com muito maior poder de fogo do que eles, interesses diversos entre si, como também de relacionamento com os nativos. https://paraondeir.blog/instabilidades-da-capitania/ (A foto é da Baía da Traição, cenário privilegiado da história paraibana e brasileira, de todos os tempos)