Toque de bola rápido, jogo objetivo, sem firulas e sem individualismo: tudo o que deve ser feito numa partida de futebol. Assim se comportou a seleção brasileira no 1×0 contra o Paraguai.
Não foi um primor de vitória, mas foi uma vitória; e isso é o que importa. Ainda não é a seleção que queremos, mas que está bem melhor com Ancelotti, está!
Notou-se que a presença e personalidade dele trouxeram mais confiança aos jogadores, à torcida e à imprensa esportiva.
Não podemos esquecer que vencemos um adversário que vinha de nove jogos, invicta, com cinco vitórias, inclusive contra Argentina e Brasil.
Destaque-se o futebol moderno, com um ataque sem posições fixas, movimentação constante, que criou, no mínimo, cinco chances de gol.
Vinícius Jr. Ainda não está jogando o esperado, mas Raphinha atuou bem; e palmas para o paraibano Matheus Cunha, que deu um passe magistral para o único gol da partida.
A defesa continua com a mesma deficiência de laterais, e o maior problema do time: um meio-campo ineficaz, devido à falta de um grande armador, caso pelo jeito sem solução; pelo menos até à Copa do Mundo.
Mas o que importa mesmo é que estamos classificados para o Mundial. E não adianta ficar com saudosismos lembrando o tempo de Pelé, Garrincha e outros grandes craques do passado.
Mas não caiamos na bobagem de achar que Ancelotti faz milagres e seremos hexacampeões; falta muito! Não vai ser fácil suplantar Argentina, Espanha, França, Portugal, que já estão bem entrosadas e são, indubitavelmente, melhores que a brasileira.