Irregularidades dos nossos nadadores marcam a participação do Brasil no Campeonato Mundial de Natação, realizado em Budapeste. O Brasil tinha como favoritos ao pódio os seguintes nadadores: Bruno Fratus, nos 50m livre, Nicholas Santos, nos 50m borboleta, João Gomes, nos 50m peito e Fernando Scheffer, nos 200m livre. Pois bem, apenas nosso nadador mais velho (42 anos) Nicholas Santos confirmou o favoritismo, ganhando a prata, marcando 22,78s, perdendo apenas para a sensação do momento, o americano Caeleb Dressel. Bruno Fratus não se classificou para a final, João Gomes foi desclassificado na semifinal e Fernando Scheffer apesar de ter nadado bem na final e está em grande forma, amargou o quarto lugar.
Mas nem só de decepções a nossa natação vive. Guilherme Costa (O Cachorrão), ganhou bronze nos 400m livre, foi quinto nos 800m livre e se classificou para a final dos 1500m livre. O Big Dog do Brasil simplesmente quebrou três recordes sul-americanos, e foi realmente o grande destaque da natação brasileira. Guilherme Costa sem dúvida tem gordura pra queimar e melhorar seu desempenho na olimpíada de Paris. O revezamento brasileiro dos 4x200m livre masculino também teve um grande desempenho ficando em quarto na final e por pouco não beliscou a medalha.
A natação feminina do Brasil foi com 11 atletas e melhorou seu desempenho em mundiais. As brasileiras conseguiram ir nas finais das provas de 800m e 1500m, nos 50m peito e teve boa performance no revezamento misto, conseguindo a sexta posição na final. Stephanie Balbuccini, de 17 anos comprovou que tem potencial para os próximos campeonatos. Jheniffer Conceição também em grande fase, se classificou para a final nos 50m peito, batendo o recorde sul-americano. As mulheres brasileiras somaram seis finais em Budapeste.
A CBDA deve refletir mais uma vez sobre o desempenho do Brasil neste mundial. Somos um país continental, multirracial, mas que não estamos nem de longe nos primeiros escalões da natação mundial. Até o penúltimo dia do mundial, o Brasil conquistou apenas duas medalhas, ficando atrás de países bem menores como Suécia, Hungria e Romênia. A política nacional de natação não consegue tirar e manter os principais talentos no país. A natação é um esporte caro e diversas promessas ficam pelo meio do caminho por falta de investimentos no esporte. Por isso, o resultado do Brasil neste mundial não foi surpresa, mas decepcionante quando a gente sabe o potencial dos nossos atletas.
Bateu o Martelo
A FINA restringe participação de mulheres trans na natação. Todas que passaram pela puberdade masculina serão proibidas de nadar competições femininas. A FINA deve criar uma categoria aberta significando que todos terão a oportunidade de competir na elite do esporte. A decisão atinge em cheio a nadadora trans Lia Thomas, que vinha se destacando a natação feminina dos EUA.
Campeonato Brasileiro Juvenil
Começa nesta semana, o Campeonato Brasileiro Juvenil Interclubes de natação. As competições acontecerão no clube Vasco da Gama, no Rio de Janeiro e a Paraíba competirá com vários nadadores. Um dos destaques será Kayan Negrão que disputará com chances nas provas de 800 e 1500m.
