quarta-feira, 24 de abril de 2024

O meu patinho

15, abril, 2022


Sei. Essa coluna é sobre Direito desportivo. Mas hoje resolvi sair do “script” e falar sobre meu time de coração: O Esporte Clube de Patos.

Apesar de irmão caçula de Virgílio Trindade, um dos homens mais importantes para a história do rival do Esporte, o Nacional; treinador vitorioso, eleito várias vezes pela imprensa, nos anos 60, como o melhor treinador da Paraíba – na época dele, o Nacional ficou conhecido como a Academia – apaixonei-me pelo alvirrubro.

E meu amor perdura até hoje, apesar de o time não estar sequer na segunda divisão. E daí? Tenho amor ao patinho.

E por falar em pato, não admito terem tirado o escudo – sim, ainda chamo escudo – oficial do Pato Donald por esse horroroso atual, que parece haver sido desenhado por uma criança. Se iriam mudar – o que jamais deveria ter acontecido sem um plebiscito com a torcida – pelo menos promovessem um concurso ou contratassem um designer profissional. Mas o pior é a desculpa: a Disney poderia ingressar com uma Ação contra o clube patoense… Mais risível, impossível. A Disney então ingressaria com Ações contra diversas pequenas empresas espalhadas pelo Brasil que usam os personagens da Disney como símbolo. E por que a poderosa indústria de entretenimento iria se preocupar justamente com um time do interior da Paraíba, o Esporte de Patos? Essa história não convence.

Mas vamos ao meu amor pelo Esporte.Começou em 1965, quando eu ainda contava oito anos de idade. Fiquei fã de Celimarcos – um dos maiores goleiros que a Paraíba teve. Depois, vieram Menininho – também um dos grandes goleiros do nosso estado – Totinha, Dedezinho, Talvanes, Mário Lemos, Toinho (o maior volante que a Paraíba teve), entre tantos outros.

E por que estou relembrando, agora, o Esporte? Porque estou vendo o Nacional brilhar e meu Esporte obscurecido, sem participar do campeonato paraibano. Sei que está cuidando da base, mas o que o torcedor quer mesmo é ver o time dele na primeira divisão.

Vamos lá, patinho – o “terror do sertão” –; vamos dar, mais uma vez, vida ao futebol de Patos. Queremos rever os áureos tempos do estádio José Cavalcante dividido em vermelho de um lado e verde do outro.

Claro que não é fácil. Mas não custa torcer…