Eu e a diretoria do Esporte Clube de Patos acabamos de firmar uma parceria para a publicação de um livro (inédito) de crônicas minhas, com lembranças de Patos e do time, cuja renda será toda revertida para o alvirrubro patoense.
O acordo foi estabelecido num almoço que tive com o presidente e vice do clube, Bruno Marlon e Roberto Filho, respectivamente. O último, filho do meu grande ídolo Menininho, um dos maiores goleiros que a Paraíba teve, só encontrando parâmetro em Celimarcos, também do Esporte (esse, apesar de ser, outro dos ídolos meus, não cheguei a vê-lo atuando, já que era, na época, era ainda mais criança; acompanhava suas proezas pelas transmissões vibrantes da Rádio Espinharas de Patos).
Trata-se de uma forma que encontrei de ajudar meu time querido, amado desde a minha tenra infância e povoou de muita alegria os bons momentos que passei na cidade, dos 5 aos 14 anos.
MINHA HISTÓRIA COM O ESPORTE
Minha paixão pelo Esporte começou aos 8 anos de idade. Como toda paixão, não tem explicação: foi amor à primeira vista; ou, quem sabe às primeiras cores? A verdade é que as cores alvirrubras do Esporte e suas listas verticais vermelhas e a figura do patinho se incrustaram em mim de forma tal que ainda hoje cultivo-as com o orgulho especial que só os verdadeiros amantes têm por sua amada.
Com quanta alegria vestia a pequena camisa de chita de listinhas finas verticais vermelho e brancas confeccionada pela minha mãe, dona Cecília Cavalcante, com tanto carinho, zelo e devoção!…
Sou muito grato a um senhor, cujo nome nunca soube, dono de uma padaria no Belo Horizonte, pai de um colega meu de escola, Nonato, que nos levava, na camioneta dele, o pai, eu e um grupo de pequenos torcedores do Esporte, para o Estádio José Cavalcanti. Lá, a entrada ficava por conta da “carona” com o pessoal da equipe esportiva da Rádio Espinharas de Patos. Nela trabalhavam meu irmão intermediário, Francisco, e o mais velho, Virgílio; este, um dos maiores comentaristas esportivos e técnicos de futebol (aliás, do rival, Nacional) da Paraíba.
Parceria vitoriosa.
Ao término do encontro, os dirigentes citados me agradecem:
– Professor, muito obrigado pelo que está fazendo pelo Esporte.
Minha resposta:
– Estou fazendo por mim; faz bem ao meu coração.
