Já se foi o tempo em que os índios só eram exaltados na poesia de Gonçalves Dias e na prosa de José de Alencar. Hoje, a participação indígena é intensa, na política, nas lutas sociais e – por que não? – também no futebol.
A maior prova dessa participação ativa no futebol é o apoio da CBF e do Ministério dos Povos Indígenas ao evento, que se realizará entre 21 de outubro e 6 de dezembro na Aldeia Multiétnica, localizada na Chapada dos Veadeiros (GO), território dedicado ao fortalecimento de culturas e lutas políticas de diversos povos indígenas.
O torneio terá quatro etapas, divididas entre as regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sul/Sudeste e Norte. Cada fase terá duração de cinco dias.
Segundo informações prestadas à Folha de São Paulo, Líbia Miranda, diretora executiva da Four X Entertainment, idealizadora do projeto, o evento visa a impulsionar, também, técnicos, árbitros e repórteres indígenas; além, obviamente, dos atletas. Da programação constarão cursos voltados a essas áreas de atuação.
Em declaração à Folha, o cacique da Aldeia Multiétnica, Anuiá Yawalapati, assinala:
“Essa taça vai reunir uma grande quantidade de etnias. Nossos jovens precisam disso (…). Então a gente tem que trazer esses jovens e educar eles.”
(Consultei a Folha de São Paulo de sábado, 13 de setembro de 2025).
