sexta-feira, 26 de abril de 2024

Visão empresarial no futebol

1, abril, 2022

O futebol profissional não comporta mais amadorismos, como acontece em grande parte do Brasil; mormente, na Paraíba.

Picuinhas, politicagens, compadrios, dependência em relação ao poder público e ajuda de federações e confederações precisam dar lugar a empreendimentos rentáveis e profissionalismo verdadeiro.

Na esfera nacional, está se discutindo a criação de uma liga, inspirada em grandes exemplos de outros países, como o da La Liga espanhola e da Premier Lage inglesa.

A aprovação da SAF pelo Congresso Nacional e a possibilidade da criação de uma liga está atraindo, sem dúvida, investidores em potencial. A XP investimentos e Alvarez & Marçal apresentaram propostas para a estruturação da liga. Há, ainda, a concorrência da Codajas Sports Kapital e da LiveMode.

Aliás, o presidente da La Liga, Javier Tebas, veio ao Brasil, no dia 18 de março, para defender a criação da Liga do Brasil e deu o caminho, afirmando que nosso país pode ter “o quinto maior campeonato do planeta”.

Apesar de não ser mais “o país do futebol” e não ter mais “o melhor futebol do mundo” e insistindo numa estrutura ultrapassada, temos um Campeonato Brasileiro que ainda concorre com jogos do campeonato inglês, alemão, espanhol e francês; mas, apesar dos percalços, nossos campeonatos ainda levam muito público a campo, a exemplo das arrecadações de jogos dos chamados “grandes” do campeonato carioca e do paulista. Aqui, no nosso universo, assisti a Fortaleza x Náutico pela Copa do Nordeste e fiquei encantado e emocionado com tanta gente e vibração no estádio.

Alguém se lembra de que no Brasil criou-se, em 1987, um “arremedo” de Liga e que não deu certo, justamente pelos motivos que citei no início do artigo?

E quanto à paraíba?

No nosso estado, esse tipo de mudança ainda está muito distante de acontecer, mas não custa nada sonhar… Quem sabe se a liga nacional se tornar realidade não haverá um impulso? Não obrigatoriamente a criação de uma liga, mas algo que funcione nos mesmos moldes; o que não pode é continuar esse marasmo; o faz-de-conta e os estádios sem “um pé de pessoa”, na maioria dos jogos, enquanto os clubes vivem de pires na mão, mendigando ajuda; salvo, é claro, algumas raras exceções.

Em relação à esfera nacional, creio que a hora é essa!… Interessados em investir não faltam.