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Saúde 5, julho, 2021

Mães têm atendimento psicológico no período pós-parto no Instituto Cândida Vargas

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A gravidez é um período de muitas mudanças na vida das mulheres e mexe também com o companheiro e toda a família. Após o parto, muitas mulheres ficam mais sensíveis. Para ajudar nessa fase, o Instituto Cândida Vargas (ICV) oferece assistência psicológica as pacientes, a exemplo da escuta, acolhimento, avaliação dos aspectos emocionais, estímulo na formação do vínculo afetivo da tríade mãe-pai-bebê e orientações preventivas e promocionais para as puérperas e seus familiares.

De acordo com Poliana Dantas da Nóbrega, coordenadora do setor de Psicologia do ICV, o puerpério é um período de grande sensibilidade na vida da mulher, como também um momento importante na vida dos familiares, haja vista todas as mudanças advindas com a chegada do bebê. Por isso, merece uma atenção do setor da psicologia. “As mudanças após o parto são muitas e cada mulher irá vivenciar esse processo de maneira singular. Assim, o nosso trabalho com as puérperas deve considerar a mulher e sua história de vida, os seus sentimentos e o ambiente em que vive, verificando a individualidade de cada caso”, disse.

Quando são identificadas alterações consideráveis em alguma paciente, a psicologia, junto à equipe multidisciplinar, realiza intervenções e encaminhamentos. O ICV conta com uma prática psicológica que realiza atendimentos diários das pacientes. As puérperas podem, também, serem encaminhadas para atendimentos ambulatoriais a nível individual, quando há a necessidade.

Uma das mães atendidas pelo serviço foi Camila dos Santos Silva, que elogiou o atendimento feito pela equipe de psicologia. “Estou recebendo muito apoio dos meus familiares, mas achei muito importante esse momento de ser ouvida pela psicóloga. Eu estava precisando, pois me senti depressiva e agora estou bem melhor. É sempre bom receber os apoios de todos os lados, das pessoas que amamos e dos profissionais que cuidam da gente”, contou.

“Um ponto importante no trabalhado realizado pela psicologia e o serviço social é a necessidade de identificar a rede de apoio (formada por pessoas próximas, familiares, amigos e profissionais), que possa oferecer acolhimento e atender às necessidades específicas da mulher tanto no pré-parto quanto no pós. Compartilhar os cuidados e as responsabilidades com as mães nos primeiros meses de vida de um bebê é uma tarefa coletiva que vem sendo estimulada pelas equipes”, disse Poliana Dantas da Nóbrega.

Diante da pandemia, rodas de conversas e grupos de mulheres no pós-parto – que estão nos setores do canguru, UTI e casa mãe-bebê, foi suspenso. “Mas, aos poucos estão sendo retomadas, seguindo os protocolos sanitários. Esses espaços coletivos são fundamentais para trabalhar questões emocionais da mulher no pós-parto, oferecendo apoio psicológico, escuta coletiva e identificando, quando necessário, casos para encaminhar a profissionais especializados”, destacou a psicóloga.

Baby blues – Casos de baby blues ou blues pós-parto são comuns no dia a dia das maternidades. É uma condição transitória caracterizada por sintomas depressivos leves, como tristeza, choro, irritabilidade, ansiedade, insônia, exaustão e diminuição da concentração, bem como instabilidade do humor. Já a depressão pós-parto é uma patologia mais profunda, podendo se desenvolver como um agravamento do baby blues ou aparecer meses depois do parto. O principal fator de risco é histórico prévio de depressão.

Nesse sentido, ela pode ser evitada, cabendo à mulher, à família e aos profissionais de saúde um cuidado redobrado para acompanhar de perto possíveis alterações comportamentais no pós-parto. “Além destas patologias, o setor de psicologia também acompanha casos de psicose puerperal, prestando assistência, junto com o psiquiatra, no sentido de intervir para uma melhor resolutividade destes casos”, contou a psicóloga.

Período pós-parto – Também conhecido como puerpério, começa após o nascimento do bebê e seu fim legal dura 40 dias. É considerado um momento de transição em que ocorrem intensas alterações fisiológicas e psicológicas nas mulheres. Além dos aspectos hormonais, os aspectos emocionais precisam ser considerados. 

Fonte: SECOM/JP

Foto: SECOM/JP