O Ministério da Saúde aprovou uma mudança na orientação de vacinação contra a Covid-19 para estados e municípios. Com isso, cidades com pouca ou nenhuma demanda por vacinação dos grupos vulneráveis poderão começar a vacinar por faixa etária, em ordem decrescente de idade.
No entanto, é necessário garantir um percentual para a continuidade da vacinação dos demais grupos prioritários incluídos no Programa Nacional de Imunização (PNI). A decisão foi aprovada durante a 5ª reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que reuniu gestores municipais, estaduais e federais.
A princípio, a orientação dada pela pasta aos estados e municípios foi de que após concluir a vacinação dos grupos de pessoas com comorbidades, com deficiência permanente, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade, trabalhadores da educação, os gestores podem iniciar a vacinação por ordem decrescente de idade concomitantemente com o restante dos últimos grupos prioritários, nos quais estão inclusos trabalhadores do transporte coletivo, caminhoneiros, trabalhadores industriais, funcionários da limpeza urbana, entre outros.
O Ministério da Saúde ainda editará uma nota técnica com mais detalhes para orientar as cidades. O pedido para expansão da vacinação por idade em algumas cidades partiu da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), em razão das diferentes realidades de estados e municípios.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), Francieli Fantinato, concordou com os gestores municipais. Ela reforçou que o país não pode estocar imunizantes no atual momento. “Não dá para deixar a vacina estocada enquanto a gente precisa vacinar toda população”, disse.
Como toda a população com mais de 60 anos já foi vacinada contra a covid-19 nos meses anteriores, pessoas a partir de 59 anos devem começar a receber a vacina em algumas cidades. “De 59 a 50 anos também vem se verificando um aumento da mortalidade. Então, quanto mais velho maior é o risco de complicação e de óbito”, justificou Fantinato.
Fonte: Blog Sony Lacerda