A atuação do Governo Federal em áreas como economia, meio ambiente e assistência social foi duramente criticada pelo vereador Marcos Henriques (PT), durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), desta terça-feira (12). O parlamentar afirmou que o país vive uma política reversa, que leva os brasileiros a terem um sentimento de “não pertencimento” à Nação.
“Na política ambiental nós temos multas sendo perdoadas, boicote a operações, extrapolação de manguezais e defesa de equipamentos ilegais pelo presidente Jair Bolsonaro. Nós temos um processo contra a ciência. Ele [o presidente] tem verdadeira ojeriza ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que aponta a questão do desmatamento”, citou o vereador.
De acordo com o parlamentar, o Brasil também perdeu posição na economia mundial durante o governo de Jair Bolsonaro. “Entre mais de 170 países, apenas Mianmar e Guiné Equatorial terão desempenho mais fraco do que o Brasil em 2022, o menor PIB em quatro anos. Nós caminhamos para o pior crescimento desde a década de 80. Nos quatro anos de governo Bolsonaro, caminhamos para um crescimento de menos de 1%”, lamentou.
A falta de protagonismo do país no setor industrial também foi apontada por Marcos Henriques. “Em 2010, a participação das indústrias no PIB era de 27,4%. Caiu para 20%, o menor patamar desde 1947. Em 1985, por exemplo, nós tínhamos 48% de industrialização”, relembrou. Na área social, Marcos Henriques afirmou ser “surreal” o fato do país não ter dinheiro para comprar absorventes para as mulheres pobres, mas poder investir em Viagra para “militar brocha”.
“Precisamos desmistificar as falas de que o Governo Bolsonaro pode ter tudo, menos corrupção. Quero afirmar que esse é um dos governos mais corruptos da história. Agora, é difícil investigar, porque toda vez que se chega perto, os investigadores são transferidos”, denunciou.
“Trata-se de um governo que não disse a que veio e que enganou o povo brasileiro, um governo tosco. A política dele é de concentração de renda na mão de poucos, principalmente do pessoal do agronegócio. O brasileiro está voltando à linha da pobreza, à linha da miséria, e não é isso que nós queremos”, concluiu Marcos Henriques.
SECOM-CMJP